CANAIS DE COMERCIALIZAÇÃO PARA AGRICULTORES FAMILIARES DO ASSENTAMENTO DO ANAUERAPUCU, SANTANA, AMAPÁ: INTERFACE COM A PANDEMIA DO COVID-19

RESUMO

A pandemia do COVID-19 (SARS-CoV-2) mudou a rotina dos indivíduos, especialmente de produtores rurais e famílias agroextrativistas que tiveram sua renda reduzida e, consequentemente, seus meios de escoamento de produtos afetados, forçando-os a buscar alternativas para sua segurança alimentar e manutenção do mercado. Neste sentido, objetivou-se com este trabalho, identificar e caracterizar os canais de comercialização utilizados pelos produtores familiares do assentamento agroextrativista do Anauerapucu, localizado no município de Santana, estado do Amapá, realizando uma interface com a pandemia do COVID-19. Foram realizadas entrevistas com 10 produtores familiares residentes no assentamento, nos meses de agosto de 2018 e março de 2021. A entrevista ocorreu de forma dialogada, com uso de um roteiro com questões pré-elaboradas, com perguntas relacionadas ao conhecimento do perfil do produtor e de sua propriedade, bem como das características da produção e das estratégias de comercialização, agregação de valor, escoamento dos produtos e as dificuldades enfrentadas na atividade agroextrativista e de comercialização. Os dados obtidos foram organizados em planilhas do Excel e, posteriormente, analisados por meio de gráficos e tabelas. A maioria dos agricultores entrevistados tem entre 29 e 65 anos de idade, sendo seis pertencentes ao sexo masculino e quatro ao sexo feminino. Quanto ao grau de escolaridade, dois entrevistados possuem ensino médio completo, cinco não completaram o ensino fundamental e dois não são alfabetizados. Em relação ao escoamento de seus produtos, quatro canais de comercialização são utilizados simultaneamente: a feira do produtor, venda direta ao consumidor, mercado institucional e intermediários primários. Os principais produtos comercializados são acerola, açaí, alface, aves, bacaba, banana, batata, camarão, chicória da Amazônia, cheiro verde (cebolinha e coentro), couve, farinha de mandioca, graviola, limão, macaxeira, milho, peixe, pepino, salsinha, taperebá, tucupi, dentre outros. Foram observados efeitos negativos decorrentes da pandemia do COVID-19, como a redução da produção agropecuária, diminuição dos produtos comercializados, dos canais de comercialização utilizados e da renda dos agricultores do assentamento.

Autor(a): Nubia Silva de Freitas

Tipo de Documento: Trabalho de Conclusão de Curso - Graduação

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