Ao considerar a complexidade das questões socioambientais nos aspectos políticos, econômicos, culturais e educacionais, e compreendê-la como a relação intrínseca entre as diversas áreas de conhecimento e as vivências em sociedade e o uso dos recursos naturais essenciais para a existência humana, podemos afirmar que a Educação Ambiental (EA), está ligada aos saberes constituídos nas vivências cotidianas e nas relações diretas que estabelecemos entre homem e natureza. Nesta perspectiva, a presente pesquisa objetivou compreender a práxis educativa e os saberes docentes sobre a EA na Escola Família Agroecológica do Macacoari-EFAM, situada na Foz do Rio Macacoari, na comunidade de Nossa Senhora de Nazaré, no Município de Itaubal-AP. Especificamente, o alcance deste, se deu através da reflexão acerca do surgimento da educação ambiental formal e sua presença na formação de sujeitos ecológicos na Amazônia amapaense. Para tanto, a contextualização do lócus de pesquisa e o detalhamento dos perfis docentes presentes na EFAM foi necessário, vindo a destacar saberes e vivências, dos mesmos, ao desenvolverem a temática ambiental, além de ser possível situar os elementos que compõe os estilos de pensamentos presentes na práxis docente referente à EA. Trata-se de um estudo de caso com abordagem do tipo quali e quanti, o qual através de coletas de informações em campo realizadas em documentos, observações diretas, entrevistas semiestruturadas e roda de conversa com os educadores, constituíram a compreensão de que a EA desenvolvida na EFAM, em que pese seu caráter agroecológico, tem prevalência das correntes romântica ou naturalista e antropocêntrica ou utilitarista conhecida como preservacionista, se constituindo em uma práxis permeada pelo Estilo de Pensamento Ecológico sustentada pela concepção conservacionista ou recursista de EA, indicando a importância da formação de educadores com princípios ecológicos que possam contribuir com a construção da EA transformadora e assim se torne possível a formação de sujeitos ecológicos.